Showman, como sempre
segunda-feira, 18 de abril de 2016
domingo, 17 de abril de 2016
Um domingo extraordinário
Não
se preocupem, não vou enfadá-los com as minhas considerações sobre a
crise política. O domingo foi
extraordinário nas pistas, mais precisamente em Shangai, no GP da China. Nico
Rosberg conquistou sua sexta vitória consecutiva na F-1, juntando-se a Alberto
Ascari (7 seguidas em 1952-1953), Michael Schumacher (7 seguidas em
2004) e Sebastian Vettel (9 seguidas em 2013). Mas isso vocês
provavelmente já tinham visto em algum site, e já sabiam desde antes da
largada.
No entanto, o que dá a verdadeira dimensão do feito do alemão é o seu companheiro de equipe, ninguém menos que o tricampeão Lewis Hamilton, com 43 vitórias no currículo.
Todos os quatro pilotos que alcançaram seis ou mais vitórias seguidas tiveram à sua disposição carros muito superiores à concorrência, e que estão entre os melhores da história. Segundo o site F-1 Metrics (https://f1metrics.wordpress. com/2015/10/08/the-most- dominant-teams-in-f1-history/),
a Red Bull de 2013 foi o 3º melhor carro da história; a Ferrari de
2004, o 5º; a Mercedes de 2015, o 7º; a Ferrari de 1952, o 10º. Por
isso, o único que poderia impedir esse feito era seu companheiro de
equipe.
Ascari teve a oposição de Giuseppe Farina, o primeiro campeão da F-1, em 1950, e que conquistou ao todo 5 vitórias na carreira. Nos anos 50, eram vários pilotos por equipe, mas os demais rivais, como Taruffi, Simon, Villoresi e mesmo Hawhtorn, campeão de 1958, são ilustres desconhecidos do grande público.
Schumacher enfrentou Barrichello, 11 vitórias na F-1, numa história que todos nós conhecemos muito bem, mas em 2004 nem sequer é possível dizer que Rubinho foi obrigado a ceder posição, como na Áustria em 2001 e 2002, tamanha a superioridade do heptacampeão naquele ano.
Por fim, as 9 vitórias seguidas de Vettel vieram contra Mark Webber, que precisou de 217 GPs para conquistar as mesmas 9 vitórias, o que dispensa maiores comentários, ainda mais porque 2013 foi o último ano da carreira do australiano.
Com isso, é evidente que Rosberg teve, de longe, a oposição mais dura às suas pretensões. Aliás, Hamilton só não integra o mesmo clube porque o alemão interrompeu, em 2014, uma sequência de 4 e uma de 5 vitórias do inglês.
Os eternos críticos dirão que Hamilton já tinha desacelerado nas últimas três corridas de 2015, depois de conquistar o título em Austin, e que, em 2016, o estilo de vida festeiro do tricampeão começou a afetar a sua pilotagem.
Quem acompanha a categoria de perto sabe, no entanto, que Rosberg e Hamilton, ex-amigos e rivais desde os tempos do Kart, já fazem um dos mais belos duelos internos da história da Fórmula 1, e que nenhum dos dois suporta a ideia de perder para o outro.
O símbolo dessa rivalidade ocorreu na antessala do pódio de Austin, naquele mesmo GP dos EUA que decidiu o título de 2015. Quando Hamilton jogou o boné do 2º lugar para Rosberg, isso soou como uma provocação tão grande que o alemão o jogou de volta no mesmo ato, deixando clara a sua insatisfação. Coincidentemente ou não, desde então Rosberg vem guiando com sangue no olho e numa fase iluminada da carreira.
Além disso, no GP da China o alemão alcançou o recorde que ninguém quer ter, e que ele já não merece: o do maior número de vitórias na F-1 sem ter conquistado o título: 17 ao todo, uma a mais que Stiring Moss, o inglês tetravice entre 1955 e 1958.
Se serve de consolo ao alemão, outros dois pilotos chegaram provisoriamente a deter esse recorde, para depois se sagrarem campeões: Prost e Mansell.
Por tudo o que fez até hoje na carreira, e tendo dois dos maiores pilotos da história como seus adversários diretos (Schumacher, entre 2010 e 2012, e Hamilton desde 2013), Nico Rosberg já merece um título mundial há algum tempo, e parece que finalmente chegará a sua vez.
O campeonato de 2016, no entanto, será muito longo, com 21 GPs, e o melhor que pode acontecer para o alemão é a evolução da Ferrari e da Red Bull, que espera ansiosamente um upgrade nos motores Renault para o Canadá.
Se isso acontecer, Rosberg pode se ver numa situação muito semelhante à de 2009, em que Button venceu seis das sete primeiras corridas e, quando Barrichello começou a reagir, a Brawn já havia sido alcançada pela Red Bull, e começou a dividir os pontos. O detalhe é que Hamilton definitivamente não é Barrichello.
No entanto, o que dá a verdadeira dimensão do feito do alemão é o seu companheiro de equipe, ninguém menos que o tricampeão Lewis Hamilton, com 43 vitórias no currículo.
Todos os quatro pilotos que alcançaram seis ou mais vitórias seguidas tiveram à sua disposição carros muito superiores à concorrência, e que estão entre os melhores da história. Segundo o site F-1 Metrics (https://f1metrics.wordpress.
Ascari teve a oposição de Giuseppe Farina, o primeiro campeão da F-1, em 1950, e que conquistou ao todo 5 vitórias na carreira. Nos anos 50, eram vários pilotos por equipe, mas os demais rivais, como Taruffi, Simon, Villoresi e mesmo Hawhtorn, campeão de 1958, são ilustres desconhecidos do grande público.
Schumacher enfrentou Barrichello, 11 vitórias na F-1, numa história que todos nós conhecemos muito bem, mas em 2004 nem sequer é possível dizer que Rubinho foi obrigado a ceder posição, como na Áustria em 2001 e 2002, tamanha a superioridade do heptacampeão naquele ano.
Por fim, as 9 vitórias seguidas de Vettel vieram contra Mark Webber, que precisou de 217 GPs para conquistar as mesmas 9 vitórias, o que dispensa maiores comentários, ainda mais porque 2013 foi o último ano da carreira do australiano.
Com isso, é evidente que Rosberg teve, de longe, a oposição mais dura às suas pretensões. Aliás, Hamilton só não integra o mesmo clube porque o alemão interrompeu, em 2014, uma sequência de 4 e uma de 5 vitórias do inglês.
Os eternos críticos dirão que Hamilton já tinha desacelerado nas últimas três corridas de 2015, depois de conquistar o título em Austin, e que, em 2016, o estilo de vida festeiro do tricampeão começou a afetar a sua pilotagem.
Quem acompanha a categoria de perto sabe, no entanto, que Rosberg e Hamilton, ex-amigos e rivais desde os tempos do Kart, já fazem um dos mais belos duelos internos da história da Fórmula 1, e que nenhum dos dois suporta a ideia de perder para o outro.
O símbolo dessa rivalidade ocorreu na antessala do pódio de Austin, naquele mesmo GP dos EUA que decidiu o título de 2015. Quando Hamilton jogou o boné do 2º lugar para Rosberg, isso soou como uma provocação tão grande que o alemão o jogou de volta no mesmo ato, deixando clara a sua insatisfação. Coincidentemente ou não, desde então Rosberg vem guiando com sangue no olho e numa fase iluminada da carreira.
Além disso, no GP da China o alemão alcançou o recorde que ninguém quer ter, e que ele já não merece: o do maior número de vitórias na F-1 sem ter conquistado o título: 17 ao todo, uma a mais que Stiring Moss, o inglês tetravice entre 1955 e 1958.
Se serve de consolo ao alemão, outros dois pilotos chegaram provisoriamente a deter esse recorde, para depois se sagrarem campeões: Prost e Mansell.
Por tudo o que fez até hoje na carreira, e tendo dois dos maiores pilotos da história como seus adversários diretos (Schumacher, entre 2010 e 2012, e Hamilton desde 2013), Nico Rosberg já merece um título mundial há algum tempo, e parece que finalmente chegará a sua vez.
O campeonato de 2016, no entanto, será muito longo, com 21 GPs, e o melhor que pode acontecer para o alemão é a evolução da Ferrari e da Red Bull, que espera ansiosamente um upgrade nos motores Renault para o Canadá.
Se isso acontecer, Rosberg pode se ver numa situação muito semelhante à de 2009, em que Button venceu seis das sete primeiras corridas e, quando Barrichello começou a reagir, a Brawn já havia sido alcançada pela Red Bull, e começou a dividir os pontos. O detalhe é que Hamilton definitivamente não é Barrichello.
terça-feira, 5 de abril de 2016
Torcida Única é a solução (Ou... a solução covarde...)
E vamos continuar acabando com o futebol porque as autoridades SÃO INCAPAZES de cumprir seu papel. Nesse domingo, em uma briga a 33Km (!!) do estádio, morreu uma pessoa (que não era torcedor de nenhum dos dois times) vitima de uma bala perdida disparada por animais que se travestem de torcedores.
E aí, como solução mágica: clássicos de torcida única. A decisão mais burra e covarde de um governo incapaz de fazer cumprir a lei. Como não conseguem (por que não conseguem mesmo?) punir "o" bandido, punem a população. E assim vamos cerceando as liberdades, em nome de nossa própria incompetência, falta de justiça e sensação de impunidade corrente...
Somos tão incompetentes que um dos 27 torcedores corintianos (!!) envolvidos na briga, um deles esteve envolvido na Tragédia de Oruro (lembra?). Aquela do torcedor boliviano que foi assassinado em um estádio de futebol por um rojão! E, mais uma vez, impunidade a todos....
Essa semana, em Goiás, a maior discussão é sobre as semi-finais do campeonato estadual, onde devem encontrar-se Goiás e Vila, uma das maiores rivalidades no estádio. Qual o comentário dos torcedores? "Não vou, porque tem muita violência". "Não posso levar meu filho porque só tem marginal no estádio".
Na verdade, como falou o mestre PVC (http://pvc.blogosfera.uol.com.br/2016/04/04/voce-pode-pegar-o-metro-para-ir-ao-estadio-nao-pode-e-sair-de-casa/), ir ao estádio você pode. Lá, as torcidas já brigam menos porque sabem que seus clubes são punidos. O problema é o caminho até o estádio...
E, enquanto isso, vamos afastando o torcedor de bem do estádio. Porque não sabemos coibir o ato em si, ou mesmo de identificar os mesmos marginais que sempre causam o que causam e resolver o problema.
Em alguns países, as soluções foram implementadas com sucesso: as torcidas são obrigadas a registrar seus membros e entregar nome,e ndereço, tudo a polícia. E seus dirigentes também são responsabilizados pelo ato de seus "filiados". Seria uma boa, não? Mas fazer isso, aqui? Nããããããão... dá muito trabalho. Melhor dizer que vai apenas uma torcida ao estádio e deixar o "pau comer" do lado de fora...
ou melhor. Que tal proibirmos TODO MUNDO de ir ao estádio? Vamos ver só pela TV. Não ficamos todos mais seguros assim? É como o projeto de lei em Goiânia que quer fechar os bares a meia noite, para diminuir a violência. Melhor não deixar abrir, não?
Seguem alguns links interessantes sobre a discussão:
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