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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Turma da Mata: Muralha - Uma Excelente Surpresa!

Já confesso que, de início, quando encontrei essa Graphic Novel da MSP na banca de revistas, me impressionei com a capa. Como eu estava por fora nesses últimos tempos (com a vida corrida no trabalho, já fazia uma vida que eu não publicava nada...), eu nem tinha lido sobre essa HQ. Na verdade, em dezembro, no anuncio da MSP sobre os projetos para esse ano, eu já sabia que viria, mas não sabia quando.
Então, eis que, buscando Homem-Aranha e Batman, me deparo com essa belezinha aqui abaixo:

Como eu não tinha visto nenhum preview dessa história, fui quase nocauteado pela beleza da capa. E, pela repaginação dos personagens da Turma da Mata.
Cabe aqui uma breve descrição pra quem possa não se lembrar: a Turma da Mata é uma turma “liderada” pelo Elefante Mais Famoso do Brasil, como dizia um slogan de um molho de tomate, o Jotalhão. Um simpático elefante verde, extremamente da paz, junto com seus amigos: Coelho caolho e seus 134 filhos, Raposo, Tarugo – um cágado, como ele mesmo já deixou claro! –, Rita Najura, Rei Leonino e o sempre figura ministro Luis Caixeiro. Nas hq’s comuns, esse pessoal vive sua rotina no distante reino da mata, enfrentando, vez ou outra, um caçador meio perdido ou os mandos e desmandos do rei ou mesmo encarando as tentativas de romance entre Rita Najura e Jotalhão.


E, dado esse contexto, ao folhear a revista, vi que o grupo Roger Cruz, Davi Calil e Artur Fujita (autores da HQ) havia feito um excelente trabalho! Isso porque, admito, não tinha grandes expectativas com essa revista. Afinal, o que uma turma tão ordeira poderia render em uma Graphic Novel? E, lendo a história, percebi que os autores tinham me derrubado de longe em meus prognósticos. Isso só mostra o quanto o trabalho do Editor Sidnei Gusman e do pessoal da MSP na escolha dos autores vem merecendo elogios...
Sem dar spoilers, mas falando de alguns detalhes, transformaram uma turma pacata em uma situação de conflito e superação, com ares de batalha de super-heróis e vilões, das mais impressionantes dos últimos tempos. A começar pelo motivo da disputa (que pode ser visto facilmente no dia a dia das nações e como a ganância transforma até amigos em inimigos).
Uma menção a parte deve ser feita a colorização dessa HQ! Sendo sincero, NUNCA reparei nessas coisas. Também não conheço autores por nome (a não ser o Alan Moore, Neil Gaiman e o Todd McFarlane) e nem desenhistas ou coloristas. Por isso mesmo, posso afirmar que essa colorização te pega durante toda a HQ, em um trabalho belíssimo.

Voltando a história, temos uma batalha muito bem construída entre a turma da mata e o Rei Leonino e seus soldados. E, na busca pela solução dos conflitos, temos várias lutas, e personagens repaginados de tal forma que chamam a atenção: O Coelho Caolho realmente é caolho (na hq em seu formatinho, ele só usa óculos!) e invocado, o Raposo é o líder atual da revolução, enquanto o Tarugo é o gênio cientifico (quase um Homem de Ferro!). Sem contar a Rita Najura que ficou muito bem no papel de espiã...
Junte todos esses ingredientes e você tem mais uma Graphic Novel da MSP executada com muito brilhantismo e qualidade, que te prende na leitura do início ao fim. E, diferentemente de outras publicações da MSP, essa não me prendeu pelo lado emotivo, mas pela ação, o tempo todo. E, óbvio que não estou reclamando de histórias mais emotivas, como as lindas Laços e Lições, dos irmãos Caffagi, mas faz um tempo que eu esperava algo com mais ação, como foi a primeira história do Astronauta, Magnetar.
Resumindo, acho que vale DEMAIS a leitura de Turma da Mata: Muralha!

PS.: Para quem também é tão desavisado quanto eu, fica ai a dica: em Novembro, teremos a GN “Louco”, de Rogério Coelho. 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Um Olá (e um pouco de saudosismo)

Senhores, olá!


Chego aqui pra dizer que escrevo pouco, e que provavelmente tentarei ser mais prolixo do que realmente sou. Primeiramente aqui me instalo com a intenção de escrever sobre o que leio, que na medida do possível tento fazer valer a pena devido ao tempo curto (tal qual as pernas da mentira) dedicado ao trabalho, ao trabalho, ao estudo e ao cuidar dos meus, que esses mais do que merecem.
Sendo assim, já começo a falar, ou escrever, ou enrolar sobre um dos autores que mais me deu prazer (UI!) ao longo de minha já não tão curta vida, o bem-fadado senhor e excelentíssimo (que sinceramente, faz jus ao título), de extensa obra e de magia infinita que me deu uma saudade eterna de minha infância que é o Maurício de Souza. Aqui minto pois a obra que vou comentar não é de autoria dele, mas sim de autoria intelectual, e que na verdade é escrito pelo Excelente Danilo Beyruth.

Primeiro volume

O desenho é exemplar, de um traço que cai muito bem á história e que sinceramente virou meu favorito em poucos minutos de leitura.
A história é um pouco curta, mas levando em conta a nostalgia que senti ao ler a revista, muito bem encadernada, de capa dura e com a produção merecida por aquele que é um dos meus personagens favoritos e desconfio de muitos que compartilharam as tiragens da saudosa revistinha da turma da Mônica.
É interessante o modo como Beyruth, com um traço sério e as cores de Cris Peter conseguem dar um ar adulto a um personagem até então tido como infantil (apesar da temática sutilmente já abordada pelo Maurício desde as tiras mais antigas, como trabalho em detrimento dos relacionamentos pessoais, a saudade de casa de um personagem que tem como premissa o desbravamento dos cantos mais escuros de um universo até então desconhecido). Nessa história tudo isso é levado um passo além, e a roupa redondinha e rechonchuda dá lugar a vários uniformes funcionais, que se esperaria ver em um bom filme de ficção científica.
Há duas edições, e a primeira edição trata muito da solidão do personagem em suas viagens e os perigos que dela se espera, e quando as coisas dão errado, então...
A segunda trata de uma outra missão, porém tem ligação com a primeira e com os traumas sofridos pelo personagem (sim, traumas em uma revista de um personagem da turma da Mônica).

Segundo volume

Um olhar atento vai reconhecer muitos elementos das antigas, que são a alma do personagem. A nave redonda, as roupas, a família, amigos e a ex-namorada deixadas em casa e que vão ficando para trás a cada partida, o computador que é a unica "companhia" do personagem em suas viagens, a Agência Espacial Brasileira (a BRASA), estão todos lá, com uma roupagem que faz parecer que encontramos aquele amigo antigo, que passamos a ver só depois de muito tempo, já crescido mas que a gente ainda reconhece e é capaz de conversar como se estivesse se vendo depois de uma única semana longe.
Quem se dispuser a comprar, indico de olhos fechados estes dois e qualquer outro da coleção, a GRAPHIC MSP, que está trazendo de volta aos poucos todos estes personagens, e a um preço acessível (todos custam cerca de 30 reais, com capa dura, em qualquer grande livraria).
Se possível volto a escrever sobre os outros, mas vou-me já andando que como o Astronauta também tenho a minha viagem, mesmo que seja a uma mesa de trabalho. Agradeço o convite pra escrever e espero que se torne um hábito.

Flws, e que a massa x aceleração esteja com vocês.