Olá amigos, hoje, sete de setembro, não vou tratar
diretamente do futebol rubro-negro. Não falarei da péssima campanha do returno,
nem da insistência de Mancini com Marcelo Mattos e Pereira, nem muito menos da
ideia dele de poupar Escudero para o jogo contra o Criciúma lá em Santa
Catarina. Hoje o assunto vai ser relacionado à independência do Leão, as eleições
diretas.
Vamos lá, no final de 2014, um grupo de torcedores,
intitulado Vitória Livre, iniciou o processo de recolher assinaturas dos sócios
para convocar uma assembleia geral que tratasse da forma como as eleições
ocorrem no rubro-negro baiano. Foram recolhidas mais de mil assinaturas, mas
como a transparência no Leão é tão real quanto uma nota de R$3,00 e a lista de
associados só é disponibilizada por meio de mandatos judiciais, a nossa
diretoria (ou seriam os donos do Vitória?) alegou que de todas as assinaturas
haviam cerca de duzentas legíveis e em condições de solicitar a assembleia
geral (sócios com 18 meses ininterruptos ou mais), número que não alcançava o
mínimo de 25% dos sócios para convocação da AGE.
De todo modo, em Dezembro/14, o conselho do Vitória criou
uma comissão para tratar do assunto, e estabeleceu o prazo de seis meses para
que fosse apresentada uma proposta de reforma do estatuto, com foco nas
eleições diretas para presidência do Leão. Acontece que esta comissão não se
reuniu uma vez sequer desde que foi criada, o que demonstrava o interesse
daqueles que comandam nosso time em abrir o mesmo.
Em Junho/15, mais precisamente no dia 06, quando o assunto
estava mais uma vez o auge, com a diretoria sendo pressionada por todos os lados
pelos torcedores e grupos de oposição, aconteceu uma assembleia geral
consultiva (ainda não é a que a torcida quer, esta serve apenas para fazer
consultas.) e nela ficou definido que a comissão de reforma do estatuto, aquela
mesma que foi criada em dezembro para entregar uma proposta em maio e não se
reuniu uma única vez, deveria apresentar um pré-projeto de alteração
estatutária até o dia 28/09/15 (isso, daqui exatas três semanas, 21 dias!) e
que no dia 26/10/15 aconteceria uma assembleia geral DELIBERATIVA para decidir
as mudanças a serem feitas no texto do estatuto rubro-negro.
Acontece que, desde a realização da AGE do dia 06, o assunto
ficou praticamente esquecido tanto por parte de alguns torcedores, como por
parte da imprensa. E até este momento o assunto “reforma do estatuto” continua
obscuro para a torcida.
Temendo que mais uma vez aqueles que comandam o time se
utilizem do esquecimento do torcedor e da imprensa sobre o assunto, ou que
utilizem a desculpa de que “para não tumultuar o ambiente do time que está
lutando por algo na série B”, o grupo Vitória Livre, voltou a recolher
assinaturas de sócios (dessa vez usando como parâmetro a lista de sócios
divulgada pelo clube em 29/05, após determinação judicial), visando convocar uma
assembleia geral extraordinária para que seja debatido e votado assuntos
relativos às eleições do Vitória.
Alguns pontos que o Vitória Livre pretende discutir em AGE
são:
- Eleições diretas e proporcionais para presidente e conselho;
- Tempo de associação para ter direito a voto;
- Tempo de associação para ter direito a ser candidato ao conselho e a presidente;
- Quantidade de conselheiros;
- Transparência obrigatória.
Texto do abaixo-assinado o Vitória Livre |
O abaixo-assinado encontra-se, em dia de jogo, na entrada do
portão do SMV e nos outros dias no restaurante Pirão, situado na Rua Professor Cassilandro Barbuda, 714 - box 1
- Costa Azul. O restaurante fica aberto das 8:30 às 16:00h. Você, sócio
com mais de 18 meses, não deixe de assinar o pedido de convocação para a AGE e
contribua com este que será um momento histórico para o nosso clube. Lembrando
que o grupo Vitória Livre é um grupo de torcedores em busca da democracia,
independente da corrente política de cada um. A meta é democratizar o Leão e
não necessariamente, comandá-lo. O único dono do Vitória sempre deverá ser o
seu torcedor.
Abraços e até a próxima.
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