Hoje em dia, o Davi Luiz simboliza bem a Zica da Seleção Brasileira... |
E a Seleção Brasileira
de Futebol Masculino perdeu, para o Uruguai, a semifinal do futebol no Pan.
Como bons Pachecos que somos, vários cronistas e meios que não tinham dedicado
uma linha sequer ao futebol desse torneio, resolveram dedicá-la após a
eliminação. Afinal, especialista em tragédia, todo mundo é, né?
Li por aí até que a
Seleção é um reflexo do momento do país, afinal os valores estão deteriorados,
não sabemos jogar em conjunto, comemoramos com gestos isolados... ah! Para com
isso!
Sim, desde o primeiro
jogo já era possível observar que a zaga do Brasil não era exatamente
confiável. E, isso foi muito visível no jogo contra o Panamá, onde abrimos 3x0
e conseguimos a proeza de deixar os Panamenhos empatarem o jogo. E não por
grande habilidade dos centro-americanos, mas por um sem número de erros de
nosso meio campo e miolo de zaga.
De qualquer modo, nos
classificamos em primeiro da chave, para enfrentar o Uruguai, na semifinal,
naquele jogo padrão de Brasil x Uruguai: muita tensão em campo. E o jogo
começou com essa pegada, com Lemos (Uruguai) sendo expulso aos 10 minutos do
primeiro tempo, por agressão sem bola a Bruno Paulista. Esse é o mesmo jogador
que, no Mundial Sub-20 tirou Judivan do torneio e não foi expulso. Porém,
aquilo que deveria ser um estimulo ao Brasil, funcionou ao contrário. O Uruguai
passou a jogar bem fechado, explorando rápidos contra-ataques, com o perigoso
Mascia, que jogava em cima do nervosismo da zaga brasileira. O brasil tentava o
toque de bola, mas, sem Luciano, suspenso, não conseguia articular as jogadas e
pouco fazia. Além disso, o Brasil caia na pilha e na pressão dos uruguaios.
No segundo tempo, já
aos 27 minutos, Pênalti para o Brasil, sofrido por Erick. Clayton bateu,
goleiro defendeu, e na volta, o atacante fez. 1x0 Brasil.
Àquela altura, com um
time cansado de bater contra a muralha uruguaia, escaldado pela defesa que não
era exatamente confiável, o Brasil aceita a única jogada que podia dar chances
aos adversários: a bola parada. E tome chuveirinho na área brasileira. E junto
com ela, a catimba e as confusões. Dodô já havia entrado em confusão ao tentar um
chapéu inútil (inútil porque NÃO foi em direção ao gol), e 5 minutos depois deu
uma pancada boba num adversário e foi expulso, aos 37.
Com isso, mais pressão
uruguaia, que acarretou no gol de empate aso 40. Cruzamento para área, desvio
no primeiro pau e gol no segundo pau. 1x1. Brasil desnorteado, àquela altura...
Quatro minutos depois, a virada. Com a zaga adiantada, lançamento longo do
Uruguai e batida seca de Santos para vencer o goleiro brasileiro.
(Cá entre nós... dois gols em 4 minutos... que dureza!!!!!!!!!!!!!!)
No derradeiro minuto da
partida, Erick ainda colocou uma bola rente a trave que quase empatou o jogo,
mas já era tarde...
Uruguai na Final, para enfrentar o México, enquanto o Brasil vai disputar a medalha de Bronze contra o Panamá.
E agora, a caça às
bruxas: a seleção não presta, essa geração já está perdida, o time só sabe
jogar sozinho... blá, blá, blá. Isso tudo só é aumentado ainda mais porque aconteceu
na semana em que o Inter perdeu para o Tigres.
Uruguaios comemoram o segundo gol... |
Em minha opinião,
algumas coisas são boas sim: Luciano, Erick, Euller, Bruno Paulista, Dodô, são
jogadores que mostraram, mais uma vez, que têm potencial, mas que, como jovens
que são, ainda precisam ser trabalhados. Luan e Bressan ainda precisam de mais
tempo e precisam atuar com alguém mais experiente ao seu lado, pois tem uma tendência
a serem muito afoitos...
E, o principal:
conjunto só vem com o tempo. Se, a cada derrota, está tudo errado, como crescer?
Esse time era base do time que, 4 semanas atrás, junto com os “estrangeiros”
chegou a final do mundial Sub-20. Isso não pode ser desprezado.
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